Matheus Cruz: Uma novidade na música da cidade

Matheus Cruz

Matheus Cruz é DJ e produtor de música eletrônica da cidade, vem se destacando com uma das mais novas revelações da cena. Hoje ele conta um pouco de tudo.

TUNTISTUN: Grande Matheus Cruz, tudo bem? É uma alegria fazer essa entrevista com você que é um dos Djs da nova geração despontando como mais um talento da cidade. Vamos falar um pouco da sua trajetória, beleza?

Eaí, Gui. Tudo ótimo. Primeiramente, eu quem agradeço pelo convite de participar da plataforma, fico feliz em poder contar pra galera quem é Matheus Cruz, o nome por trás do projeto Truecall e um dos nomes do projeto Monochrom. Vamos lá, pode mandar!

TUNTISTUN: Vamos falar um pouco do início de tudo? Conte mais sobre você, onde nasceu e como foi sua infância e adolescência?

Eu nasci precisamente em Brasília, mas cresci no entorno sul do DF, em Novo Gama de Goiás. Morei lá praticamente toda minha infância e adolescência até me mudar pro Gama, onde resido atualmente.

TUNTISTUN: Você sempre foi um cara ligado em música desde cedo? Qual sua relação com a música na sua juventude?

Sim, sou uma pessoa aficionada em música desde muito novo. Meu amor por música foi muito influenciado por dois tios que eram baixistas e, à época, tocavam em garage bands. Gui, eu sempre digo que, se não fosse a música, eu não seria quem eu sou hoje, ela fez parte da minha formação como adulto e moldou o meu caráter.

TUNTISTUN: Quando e como você descobriu a música eletrônica?

Lembro que, aos 10 anos de idade, ganhei de presente o volume 2 da famosa coletânea Summer Eletrohits. Ao ouvir aquelas músicas com bastante “peso”, melodias com diferentes timbres e vocais cheios de efeitos, abriu-se um novo mundo diante de meus olhos. Fiquei em êxtase e tive a certeza de que eu precisava explorar e consumir mais aquilo.

TUNTISTUN: Quais foram suas primeiras festas e Djs que te abriram os olhos?

Eu seria hipócrita se deixasse de citar a festa de som automotivo Abelbeetle. Ora, eu ainda era adolescente e foi a primeira festa com música eletrônica que fui na vida. Foi em 2007, eu tinha 12 anos, lembro que à época, por ser menor de idade, arrastei meu pai e minha madrasta pra lá comigo. Recordo-me de que a primeira vez que vi o Jean Nunes (DJ residente) tocando, meu olho encheu de lágrimas e tive a certeza de que eu queria fazer aquilo. Muito novo, naquela época eu ainda não possuía muitas referências, de fato essa ocasião foi a fagulha que despertou meu interesse pelo djing.

Alguns anos mais tarde, em 2009, nasceu a House Friends, festa de música eletrônica que rolava aqui no Gama. Vi os DJ’s locais, Paulo Mello e Alysson Monteiro, tocar e desde então os abracei como minhas referências no djing.

TUNTISTUN: E logo que você gostou da música decidiu ser Dj? Como foi esse caminho?

Como citado anteriormente, foi paixão à primeira vista! A partir do meu primeiro contato com a e-music, comecei a pesquisar, através de fóruns na Internet, o que fazia um DJ e como ele o fazia. Meu primeiro contato com a estrutura de um setup foi através de softwares, onde entendi cada função de um cdj e a teoria básica da mixagem.

Em 2009, um amigo que estudava junto a mim e também se interessava muito pelo assunto, comprou seu primeiro par de CDJ 100s e então tive acesso a um equipamento físico e robusto. Agora imagina, 2 adolescentes com um par de CDJ 100s e um mixer Gemini em sua frente? Meu amigo, aquilo era muito melhor que qualquer videogame!

Passei a frequentar bastante a casa desse amigo e logo meus ouvidos estavam com uma ótima percepção técnica. Foi aí que decidi comprar meu par de CDJ 100s, que guardo até hoje como recordação.

TUNTISTUN: Quais são suas influências como DJ e como produtor?

Desde o ínicio eu sempre gostei muito de House e Tech House, músicas com groove e muitos elementos percussivos são as que me chamam mais atenção. Porém, minhas primeiras influências foram no Progressive House que tava rolando lá em 2009/2010.

São nomes como Kerri Chandler, Jovonn, Robert Dietz, Silverlining, Steve O’ Sullivan (entre vários outros) que me inspiram, principalmente na produção musical.

TUNTISTUN: E a produção musical, conta um pouco dos seus projetos Monochrom e Truecall. Quem é o seu parceiro, e tem algum lugar pro pessoal escutar as músicas? Pode colocar uns links?

O Monochrom é meu projeto junto a um grande amigo, Allan Blue. O projeto nasceu em 2015 após sentirmos que tínhamos uma ótima conexão pro djing. Tínhamos razão! A maioria de nossos sets sempre foram naturalmente alinhados.

Atualmente, na produção musical, estamos ainda mais maduros e numa mesma frequência. Temos alguns lançamentos (e alguns outros em vista), que podem ser conferidos através de nosso Soundcloud:

Além do Monochrom, ano passado (2020) comecei a assinar minhas faixas solo como Truecall. Nesse já possuo lançamentos nas labels Ginga, Not Allowed e BRUTA. Para escutar, basta acessar também minha conta do Soundcloud:

TUNTISTUN: Diz para gente 5 músicas que te marcaram no início da sua descoberta na música eletrônica?

Difícil dizer somente 5 (hahahaha), mas vamos lá!

TUNTISTUN: Você é um dos novos talentos da cidade, o que a cidade tem de legal para um cara como você?

As portas abertas e o apoio de vários amigos!

Sempre gostei bastante de tocar aqui! Nossa pista ferve (muito) e, além disso, transmite a mim bastante liberdade pra desenvolver um DJ Set super dinâmico.

Na produção, as várias iniciativas de coletivos e labels locais prestam um suporte muito importante pro meu trampo.

TUNTISTUN: Tem algum(a) Djs da nova geração que você acha que merece a nossa atenção?

Sim, vários!

SLOW, Armenia, giograng, DATA ASSAULT, Rassan são nomes locais que merecem atenção, gosto bastante das produções de todos!

De fora, Ian R. e Gogue são dois nomes que valem bastante a pesquisa.

TUNTISTUN: E como é o caminho para um DJ novo aparecer na cena, quais são as dificuldades?

De fato é um caminho que deve ser percorrido com bastante calma.

Começar a tocar não é fácil! Além de necessitar de background técnico, um novo DJ precisa delimitar seu escopo de trabalho, principalmente quanto à sua pesquisa musical.

Aliado a isso ainda existe a dificuldade em conseguir as primeiras guigs. Geralmente, organizar pequenas festas entre amigos ajudam sua inserção na indústria.

Se tem um recado que quero deixar para novos DJ’s ou entusiastas é: Sigam sempre seu coração e façam tudo por amor, assim as coisas começarão a fluir melhor.

TUNTISTUN: Pode indicar 5 músicas mais recentes que você tem curtido?

TUNTISTUN: O que você gosta de transmitir no seu som?

Tanto no djing como na produção gosto de transmitir o que sinto. Sempre fui um cara muito introspectivo, encontrei na música minha melhor forma de expressão.

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DJ Oblongui

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