4 INICIATIVAS PELA IGUALDADE DE GÊNERO NA MÚSICA

Campanhas pela igualdade gênero estão sendo promovidas pelos serviços de streaming musical, reforçando cada vez mais o debate por mudança no setor fonográfico diante dessa disparidade.

A igualdade de gênero é uma das ações que procuram proporcionar um espaço igualitário para as mulheres, ascendendo-as em vários setores, e assim, abrindo portas, essas que o machismo e a misoginia fecharam, para promover os trabalhos realizados pelas mulheres. Na música, plataformas de streaming já iniciaram a execução de programas que têm como objetivo viabilizarem a igualdade de gênero para as criadoras e artistas da indústria fonográfica.

Se você tem prestado atenção ao que está acontecendo ultimamente no mercado musical, provavelmente notou que tem havido muitas ações para aumentar a conscientização sobre a diferença de gênero. Afinal, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade no que diz respeito ao número de artistas masculinos na indústria da música e a forma como as mulheres estão sendo tratadas neste negócio.

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1. Spotify

Foto: Divulgação

A inciativa do Programa Global de Música é baseada em sua campanha com o mesmo nome que a plataforma de streaming introduziu no mês passado, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Em março deste ano, a empresa sueca lançou o Hub EQUAL, projeto que fornece a equidade musical entre o gênero feminino e seus materiais.

Logo, evidenciando através de parcerias, práticas, apoio e impulsionamento as obras produzidas por artistas e criadoras de podcast. O Hub insere o ouvinte às obras geradas por mulheres do âmbito local, nacional e internacional, por meio de sugestões que destacam os seus materiais de áudio no serviço de streaming.

Assim, em 29 de abril, o Spotify anunciou oficialmente o início de seu Programa EQUAL Music que visa promover a igualdade para as mulheres na indústria musical. O apoio ao gênero feminino e ao seu trabalho vem da idealização de criar um ambiente que promova sob uma marca as criadoras de áudio a partir dos programas acumulativos do serviço.

Trinta e cinco músicas internacionais receberão suporte para playlist, marketing e muito mais no próximo ano. Além disso, como forma de representação, foram convidadas artistas de maiores sucessos dos seus respectivos países para integrar o time inaugural da campanha. No Brasil, a cantora pernambucana, Duda Beat, foi uma das convidadas.

“Ser uma artista mulher requer muito mais esforço e dedicação para conseguir reconhecimento, já que, infelizmente, as pressões sociais e o sexíssimo ainda são tão presentes em todas as esferas da sociedade. Daí, a grande importância desta iniciativa do Spotify que possibilitará a nós mulheres uma representação igualitária na cena musical. Tenho certeza que EQUAL será um marco na história do mercado fonográfico global, trazendo mais reconhecimento para mulheres talentosas de todo o mundo, fazendo com que suas vozes sejam ouvidas.”

Capa playlist Spotify

Juntou-se também à equipe as artistas femininas Saweetie (EUA), Griff (Reino Unido), Natalia Lafourcade (México), Zoe Wees (Alemanha/Reino Unido) e Wendy do Red Velvet (Coréia do Sul).

2. UBC

A UBC, União Brasileira de Compositores, lançou a nova edição do seu relatório anual Por Elas Que Fazem a Música. O conteúdo revela a participação da mulher no quadro de associados e nas distribuições de direitos de execução pública, dado que nos últimos anos é visto mais mudanças necessárias no setor em termos de igualdade feminina para o futuro.

A associação estabeleceu a coleta de dados do ano passado, apresentados no Dia Internacional da Mulher, bem como propiciou debates e discussões com artistas e especialistas para fornecer soluções inovadoras que resultem na paridade.

Imagem: Divulgação

“Mulheres são destaque no setor musical. Um setor que já foi muito masculino. É muito importante que a UBC nos traga a real participação delas na música. Grandes estrelas femininas impressionam por seus feitos em número de público e alcance das suas obras. Fico extremamente feliz e motivada com os acontecimentos”, pontuou Paula Lima, diretora da UBC.

A união realizou pela primeira vez uma pesquisa direta com as profissionais da música para recolher maiores informações a respeito delas e melhorar sua base de dados detendo mais detalhes acerca dessas. Vanessa Schütt, responsável pela Comunicação da associação, afirmou:

“O objetivo maior, tanto do relatório quanto dos debates que promovemos, é levantar uma discussão sobre a disparidade tão grande entre homens e mulheres. Queremos incentivar as mulheres a realizarem mais trocas, olhando para o passado e refletindo sobre o futuro. O quadro avança devagar, como esperado, mas já podemos notar melhoras nos números em relação às últimas edições da pesquisa.”

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3. Deezer

Foto: Divulgação

O aplicativo de música, Deezer, se concentra em reduzir a lacuna de gênero em gêneros musicais, buscando então aumentar a consciência sobre essa disparidade e trazendo respostas ativas que reduza essa problemática quando se trata de ritmos musicais. Para isso, o serviço lançou dois recursos especiais disponíveis em sua plataforma.

O primeiro artifício fornece concepções fáceis de compartilhar (como cartões deslizantes e fatos interessantes sobre artistas mulheres) para reduzir a brechas de gênero e aumentar a representação das mulheres na indústria musical.

O segundo recurso viabiliza artistas femininas em uma nova série de listas de reprodução com curadoria ‘100%’ para tocar apenas artistas de música eletrônica femininas ou playlist de “Mulheres por trás da música” – este recurso destaca compositoras, produtoras e músicos responsáveis ​​pela criação de sucessos internacionais.

Cada uma das artistas possui sua própria lista de reprodução com algumas das suas faixas mais populares com as quais elas contribuíram.

Além disso, o Deezer compartilhou estatísticas que mostram o protagonismo de gênero nas 100 canções de estilos mais populares.

Porcentagem de artistas femininas nas 100 melhores canções dos gêneros musicais mais populares:

Pop – 42%
R&B – 39%
Soul – 26%
Alternativo – 15%
Country – 15%
Jazz – 14%
Clássico – 11%
Hip Hop – 7%
Rock – 7%
Eletrônico – 4%

4. Boomplay

Foto: Divulgação

O Boomplay, aplicativo popular de streaming de música líder na África, lançou uma campanha social digital e páginas atualizadas de perfis sociais móveis para comemorar a contribuição de artistas, DJs mulheres e executivas de negócios na indústria musical.

Somado à isso, um novo recurso no aplicativo foi revelado, no qual, inclui uma seção especial com as ”Melhores artistas Femininas de Todo o Mundo” e uma lista de reprodução especial com curadoria.

A chefe de marketing, também mulher, Tosin Sorinola, disse que a Boomplay lançará mais medidas para apoiar as mulheres na indústria fonográfica no próximo ano.

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Pedro Caixeta

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