Hanna Amim mostra talento, posicionamento e sensibilidade – 2022

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Hanna Amim

Hanna Amim mostra talento, posicionamento e sensibilidade

Oi Hanna Amim tudo bem? É um prazer fazer essa entrevista com você que é uma das artistas que vem fazendo um excelente trabalho, vamos falar um pouco disso tudo?

[HANNA AMIM] Oi gente, eu que agradeço o convite e a oportunidade de falar um pouquinho sobre meu trabalho! Bora conversar? 

Vamos falar um pouco do início, conta um pouco de você, onde nasceu e tal, conta pra gente como foi sua juventude?

[HANNA AMIM] Nasci em Goiânia, mas sempre transitei entre Goiânia e Brasília. No fim das contas eu passei a maior parte da minha juventude em Brasília, e apesar da minha família ter se espalhado pelo Brasil todo, continuei morando aqui. Desde criança eu sempre tive uma veia artística muito forte, e sonhava em ser atriz ou cantora, mas com o passar do tempo eu comecei a achar que essa era uma realidade muito distante da minha.

Meus pais, que vieram do interior do Maranhão e passaram muita necessidade, por medo que eu tivesse dificuldades financeiras no futuro, não incentivaram que eu enxergasse a música como carreira. A maior referência artística que eu tive foi meu padrinho que tinha uma banda chamada Poesia Queimada, que eu sempre admirei, porém ele faleceu muito cedo e não pôde me orientar nessa trajetória.

Mas é como aquela frase diz: “As pessoas sempre mencionam o quanto é difícil ser artista. Mas ninguém imagina o quanto é difícil para o artista não ser artista”. Então não teve jeito, tanto que esse meu padrinho me deixou uma pasta de poemas e um deles virou meu próximo single (que vai sair em breve). 

Hanna Amim

E qual a importância da música na sua adolescência e formação como pessoa?

[HANNA AMIM] A música transforma, inspira, faz a gente entrar em contato com outras realidades… é tanta coisa, eu sou apaixonada por música. Na minha família sempre foi motivo de reunião, meus pais tocam violão e minha mãe canta lindamente, então esse contato vem desde muito cedo. Eu ouvia de tudo um pouco, mas na adolescência eu tive minha fase mais rockeira – acho que muita gente, né? (risos).

A verdade é que desde sempre me encantei com essa capacidade da música de traduzir os sentimentos mais complexos, para se perceber de forma mais consciente através da conexão com o inconsciente. Mesmo assim, só foi depois de terminar minha primeira formação em design de interiores que eu realmente percebi que meu sonho era trabalhar com música.

Quando e como você descobriu a música eletrônica?

[HANNA AMIM] Acho que meu contato mais intenso com a música eletrônica começou nas festas e baladas ali no comecinho da minha vida adulta, especialmente no Espaço Galleria, no Quinto e na Blue Space, aqui em Brasília.

E quando a produção musical entrou na sua vida?

[HANNA AMIM] Quando decidi que queria ser musicista, ainda com aquela ideia do medo que meus pais tinham, eu pensei que deveria ter um plano B: fazer o curso de licenciatura em música na Universidade de Brasília e assim caso a minha carreira artística não decolasse eu poderia dar aulas de música – o que também seria uma profissão que me faria muito feliz.

Enquanto me preparava para as provas e trabalhava como DJ nos fins de semana, fui fazendo alguns cursos de produção musical, e assim comecei a produzir meus próprios beats. O marco principal veio com a produção do meu primeiro single, Caminho, que está disponível nas plataformas digitais e com clipe no Youtube, mas dali pra frente só continuei criando mais e mais.

Hoje em dia eu tenho o suporte da minha produtora maravilhosa, a Rua 6, que me auxilia nesse processo de construção da minha carreira artística, e sigo produzindo musicalmente as minhas próprias músicas e de outras pessoas.

E essa ida para também virar Dj? Como foi esse caminho?

[HANNA AMIM] Como eu tive uma juventude um pouco tardia, eu só comecei a sair lá com meus 18 anos, mas depois que conheci a cena de festas de BSB fiquei apaixonada e ia em festa de segunda a segunda (risos). Nessa rotina de frequentar várias festas, começaram a me chamar pra ser hostess, depois performer e por fim, decidi criar minha própria festa junto com a minha irmã, a Vibe das Minaz.

Como minha irmã já era DJ, e eu já tinha essa vontade de aprender, ela me incentivou a tocar pela primeira vez nessa festa. E foi ali que mudou tudo, eu me apaixonei instantaneamente pela sensação de colocar as pessoas pra dançar com meu som, compartilhar esse momento com tanta gente através da música e nunca mais parei de tocar.

 Quais foram suas primeiras festas e Djs que te abriram os olhos?

[HANNA AMIM] Além das festas que eu já citei na Galleria, na Blue Space e no Quinto, outras duas festas que me marcaram foi a Vibe das Minaz, que foi minha estreia de DJ, e a Xena, uma festa produzida por mim e algumas sócias totalmente voltada pro público lésbico, em que todas as DJ da noite eram mulheres lésbicas – incluindo eu mesma –, e assim eu pude me sentir à vontade pra me expressar na minha totalidade.

E de DJs, a primeira que abriu meus olhos foi Alanna Amorim, minha irmã, que me ensinou a tocar e que me trouxe pra esse universo, e a Alisson Wonderland, que é uma DJ que eu acho incrível e me inspira muito.

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Diz para gente 5 músicas que te marcaram no início da sua descoberta da música?

 Frou Frou – Must Be Dreaming

 Daft Punk – Harder, Better, Faster, Stronger

 DEV – In The Dark

NERVO – Hey Ricky ft. Kreayshawn, Dev, Alisa

 KID SISTER – BED BREAKER

Fala um pouco das suas influências musicais, o que você busca no seu som?

[HANNA AMIM] É difícil falar de influências musicais porque meu estilo é muito diverso, e eu acho que seria bom todo artista ter essa iniciativa de conhecer um pouquinho de cada coisa. Mas o meu som especificamente é puxado pra uma vibe futurista indie/eletrônica, com uso de sintetizadores em timbres que lembram sons espaciais, sempre com um elemento surpresa. Em estilo, dá pra perceber a influência de beats de trap, dubstap, hip hop, lofi, reggaton, ragga, funk, entre outros.

Pode indicar 5 músicas mais recentes que você tem curtido?

 Vision Sound (Ape Drums x Silent Addy) – Slew Dem (ft. Capleton) [Dancehall]

 Ego – Willy William

Envolver – Anitta

 Quebrada Queer – Guigo | Murillo Zyess | Harlley | Boombeat | Tchelo Gomez

 Do Batuque Ao Bass – GABZ

Conheça o video clipe: Caminho:

Instagram de Hanna Amim: https://www.instagram.com/hannaamim/

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DJ Oblongui

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