A MÚSICA E A INFLUÊNCIA EM NOSSOS COMPORTAMENTOS

A MÚSICA E A INFLUÊNCIA EM NOSSOS COMPORTAMENTOS

musica eletronica brasilia

A música está presente em todos os lugares, faz parte do cotidiano, marca nossa vida e influência comportamentos. É uma linguagem universal capaz de despertar emoções e sensações únicas. Quem nunca ao ouvir sua track preferida soltou a voz a cantar? Ou quem ao ouvir aquele remix favorito não saiu de onde estava e foi ao front?

Dançar é literalmente a jornada subsequente do que as pessoas ouvem, estimulando reações involuntárias, físicas ou mentais nos indivíduos. De acordo com um estudo sobre micro movimentos relacionados ao som, desenvolvido por pesquisadores noruegueses, “ninguém conseguiu ter uma reação inerte até agora”. Alexander Refsum Jensenius, professor de tecnologia musical da Universidade de Oslo, afirma que a música eletrônica era a que induzia a maioria das reações.

Para estudar os impactos da música no comportamento humano, os pesquisadores executaram um conjunto de batidas sonoras para um grupo de pessoas e monitoraram seus micros movimentos, medindo-os em milímetros por segundo, descobriram que era quase impossível para os voluntários ficarem completamente parados. Como forma de ampliar os estudos, Jensenius organizou o “Campeonato Norueguês de ficar parado”, competição esta em que os participantes dispunham de seis minutos para não se mexer, com ou sem música.

Também usou vários instrumentos para examinar reações corporais relacionadas a música, incluindo um metrônomo simples. “O metrônomo faz nós nos movermos mais do que apenas ficarmos parados em silêncio. Mostra que a batida é muito importante”, explica Jensenius. E diz que “quanto mais complexa é uma música, mais coisas podem começar a acontecer”.

Sendo assim, não causa nenhuma surpresa que a música eletrônica induziu a maioria das reações, Jensenius diz que “quando você dança no embalo dos beats eletrônicos, cada detalhe cria uma energia a mais. A música sobe, acelera e desce. Isso faz nos movermos em quantidades maiores, como numa pista de dança, por exemplo.”

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A influência da música sobre as pessoas

As vezes ouvimos alguém cantar em outro idioma, muitas vezes desconhecido, mas mesmo assim consegue sentir o que ela deseja demostrar, até mesmo quando não entende o que diz a letra. O que sabemos é que a música está expressando algo alegre, triste ou dramático, etc. Isso acontece desde tempos imemoriais, se existe cultura, há também espaço para os sons rítmicos que transmitem sensações.

Não sabemos o momento em que a música surgiu na vida dos seres humanos, ela é mais antiga que a própria história da humanidade, possivelmente existindo mesmo antes do homem desenvolver sistemas primitivos de comunicação e linguagem. Em todos os tempos e em todas as civilizações, existe esta forma particular de expressão.

Ouvir música pode ter diversos efeitos no corpo e dependendo da música tem uns que garantem que se sinta mais feliz ou relaxado, assim como tem outros que não gostam de certos sons.

A música, quando ouvida pelo alto falante ou fone de ouvido, ativa várias partes do cérebro. Quando o som entra pelos ouvidos áreas responsáveis pelo movimento, memoria, atenção e emoção também são ativadas. Esse movimento é traduzido em uma cadeia de sinais eletroquímicos que atingem o córtex auditivo e, a partir dai o som é analisado em relação ao tom, ritmo, volume, timbre, harmonia, localização espacial e ressonância. O processamento musical pelo cérebro possui 3 etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção. É como se todas as áreas do cérebro conversassem entre si, como no filme “Divertidamente”. Risos

As emoções acontecem no córtex cerebral – por sua vez dividido em lobos frontal, occipital, parietais e temporais. O córtex auditivo primário, sensível a percepção do tom e do giro temporal superior, está relacionado a percepção. O córtex de associação auditiva é sensível a melodia e harmonia. Onde melodias são notas tocadas separadamente (piano ou voz) e a harmonia é o conjunto de notas musicais (exemplo, acordes do violão). No que diz respeito ao ritmo (noção métrica-temporal exemplificada nas batidas da bateria) é processado no cerebelo, nos gânglios basais e nos lobos temporais superiores.

A música e seu efeito positivo

Muitos estudos mostram que a música é capaz de produzir efeitos positivos no cérebro fazendo com que ele produza dopamina, mais conhecido como “hormônio do prazer”. Um estudo publicado pela Universidade de Lyon, na França, descobriu que além de “lavar a alma”, a música faz bem pra saúde. A dopamina é, plenamente, o hormônio que atua no campo das emoções e sentimentos. Aparecendo também em situações cotidianas, mas que carecem de entusiasmo, como se exercitar.

Além disso a música tem a capacidade de nos relaxar, ouvindo gêneros musicais com ritmos mais regulares e lentos. Calma, prazer e nostalgia são algumas das sensações experimentadas quando ouvimos música e diferentes ritmos causam reações diversas. De acordo com uma pesquisa da Universidade da Florida, os ritmos musicais provocam mais ativação cerebral do que qualquer outro estimulo conhecido. Entre os principais efeitos positivos estão:

  • Fortalece o aprendizado e a memória
  • Regula os hormônios relacionados ao estresse
  • Permite recordar experiencias e memorias
  • Afeta os batimentos cardíacos, pressão arterial e a pulsação
  • Modula a velocidade das ondas cerebrais

É fato que a música gera energia não é um problema. O problema acontece quando esta energia não pode ser liberada através da atividade física. Neste sentido, a “música forte” é uma ótima opção para situações que exigem um comportamento firme ou competitivo. Por música forte entende-se aquelas com ritmo irregular, marcado, rápido e ouvida em volume bem alto.

Música eletrônica, meditação e expansão da consciência

Ira Maximilian Altshuler, psiquiatra e musicoterapeuta, um dos primeiros a iniciar um programa de musicoterapia em larga escala para pessoas com doenças mentais, explica: “Música, que não depende das funções superiores do cérebro para permitir a entrada, ainda podem ser estimuladas pelo tálamo – área responsável pela comunicação entre todas as emoções, sentimentos e sensações. Sendo que um estimulo tenha sido capaz de alcançar o tálamo, o cérebro superior é automaticamente invadido”, isso quer dizer que a música é registrada na parte do cérebro que estimula as emoções, contornando os centros cerebrais ligados a inteligência e razão.

Estes estudos mostram que as mudanças emocionais, diretas ou indiretas provocadas pelo tálamo, relacionadas ao impacto da música no sistema nervoso, pode alterar processos como respiração, digestão, equilíbrio hormonal, atitude, humor, frequência cardíaca e pressão sanguínea, como visto na Revista Capital Ciência. Este é o caso claro de influência da música eletrônica em seus ouvintes, servindo como estimulante cerebral. O colunista Dan Polastri afirma, “muitos estilos da música eletrônica são capazes de nos levar a estados meditativos e de expansão da consciência, mesmo sem o uso de qualquer substancia psicoativa”.

O tálamo, ligado às emoções, controla as glândulas endócrinas, também está relacionado as funções dos órgãos internos – como o coração – e aos órgãos respiratórios. A fisiologista Mary Griffths explica que “o hipotálamo controla excreções da glândula tireoide, o córtex adrenal e as glândulas sexuais, influenciando, assim, a velocidade do metabolismo, bem com a produção de hormônios sexuais. Outros estudos mostram que a música libera também adrenalina, consequentemente influencia a resistência da eletricidade da pele pelo corpo”. Não da pra generalizar os efeitos, pois as respostas a música variam de acordo com cada sujeito.

Todos nos sabemos que é difícil ficar parado ao ouvir uma música eletrônica, mesmo fora das pistas. Em seu livro Music in Hospitals, Van Wall conta que “as vibrações de sons que atuam sobre e através do que sistema nervoso dão impulsos em sequencias rítmicas para os músculos, levando-os a se contrair e a colocar nossos braços e mãos, pernas e pés em movimento. Por causa desta reação muscular automática, muitas pessoas fazem um pouco de movimento quando ouvem música; para que permaneçam imóveis seria necessária uma restrição muscular consciente”.

Já deu pra perceber que não conseguimos ficar parado ou em silêncio ao ouvir sua track preferida, né?! Quando cantamos facultamos a comunicação, essa ação modifica o lóbulo temporal direito liberando endorfina, em especial a oxitocina, trazendo sensação de união, amor e felicidade. Segundo Tania de Jong, fundadora do Creativity Australia, pessoas que cantam junto conseguem se conectar melhor, consentindo se relacionar com sujeitos de diferentes origens, culturas, gêneros e religiões, o que claramente vemos nos festivais de música eletrônica em que milhares de pessoas estão juntas para dançar e cantar, se conectando a diversas outras pessoas.

A música une pessoas, é o medicamento não químico mais profundo e o poder da música é fundamental para integrar e curar.

Tuntistun – Na frequência do seu som.

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Equipe TUNTISTUN

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