Hoje vamos falar com um coletivo novo e que promete bons momentos na pista em 2022! Bege Crew!
TUNTISTUN: E aí galera do Bege Crew tudo bem? Vamos falar do coletivo? Quem faz parte do coletivo e como foi o início de tudo?
A ideia da criação do Bege veio logo após o Universo Paralello #15 de 2019-2020. Alguns de nós já havíamos ido ao festival e outros eram marinheiros de primeira viagem, mas todos com a mesma paixão: a música eletrônica. Após o festival, a empolgação era tanta que decidimos fazer um curso de discotecagem e optamos pela DJ School (@djschoolbsb) com o queridíssimo Bruno Soares AKA Arlequim, que nos abraçou e nos ensinou tudo com muito carinho. Com a pandemia e a falta de festas acabamos praticando em casa fazendo mini encontros na casa do nosso querido Leo Angelo (@leolotus), que desde o início foi nosso “host” e “front” quando estávamos tocando, compartilhando experiências, novas técnicas de mixagem e sambadas também (risos). Então surgiu a ideia da criação do coletivo como uma brincadeira para os nossos mini encontros. O nome BegeCW veio do nosso querido Ivan Ucella AKA Neide, que mora em São Paulo e o restante do coletivo é de Brasília. Neide sempre trouxe gírias e expressões novas para o grupo, e sempre que nos encontrávamos surgia uma nova. Em um de nossos reencontros não foi diferente, eis que, do nada, ouvimos um “BEGE MULHER!” e foi o suficiente pra todos se entreolharem com a mesma ideia “é esse o nome do nosso coletivo!”. Inicialmente, o BegeCW era composto pelo Ivan (Neide), Ayume (@asumiharamusic), Flávio Simões (@flavio_sim), Rafael Coelho (@rafaelcoel), Cinthia (@chinchilafaria) e Marcelo Moraes (@kwasar_music). Após meses de encontros decidimos fazer uma festa na Chapada, pois não havia nenhuma festa por causa da pandemia.
Então nos reunimos e fizemos nossa festa com uma DDJ-400 e uma Caixa de som com grave estourado, e, apesar de parecer horrível, foi uma das melhores festas de nossas vidas! Foi marcante pois ali percebemos que éramos capazes de fazer nosso próprio som. Em dezembro de 2020 o Rafael Coelho resolveu fazer uma live em comemoração ao seu aniversário e nos apresentou a Dani (@allice_dj), que também tocou no dia. A conexão foi tão incrível que a partir daquela data tínhamos mais uma integrante no coletivo. E em novembro de 2021 fizemos uma festa de despedida para o Marcelo @Kwasar_music que estava de mudança para o exterior e a Isa (@isa49dj), já conhecida na cena eletrônica em Brasília, também estava lá para fazer um som. Da mesma forma que aconteceu com a Allice_DJ, a sintonia foi tanta que na semana seguinte enviamos o convite para que a Isa se juntasse ao coletivo. Desde então, essa é a nossa atual composição. O coletivo é composto por DJs LGBTQIA+ em sua maioria, sendo totalmente contra qualquer forma de discriminação e intolerância de qualquer natureza. Nosso foco é o amor pelos outros e pela música.
TUNTISTUN: E aí galera do Bege, o coletivo tem aparecido nos últimos tempos com encontros que fortalecem o grupo. Como tem sido colocar um coletivo no meio da pandemia?
Nossos encontros vieram da necessidade de manter o mínimo de convívio social durante a fase mais crítica da pandemia, o que acabou sendo uma oportunidade para nos conhecermos melhor e conversar sobre diversos assuntos, já que cada um, individualmente, estava passando por algum processo novo e/ou complicado por causa de todo o contexto pandêmico. Por fim, nossas primeiras reuniões foram uma ótima oportunidade para treinar a discotecagem e mostrar nossa pesquisa a um restrito círculo de amigos.
TUNTISTUN: Quais são as dificuldades do início de um coletivo?
O principal desafio que enfrentamos é conseguir conciliar o trabalho com o coletivo. Grande parte trabalha em tempo integral em outras instituições.
Outro desafio é tomar decisões de forma coletiva. Entender o que é melhor para o coletivo e o que ele representa. Respeitar as necessidades de cada um e os espaços de todos os integrantes. Ao mesmo tempo nos manter unidos entregando uma imagem sólida para todos que nos acompanham.
TUNTISTUN: Quais são as propostas do coletivo, quais tipos de sons que rolam?
A proposta é levar música eletrônica de qualidade, ao mesmo tempo em que transmitimos uma energia leve e inclusiva. Tocamos vários tipos de som, do organic house ao techno e estamos sempre experimentando novas sonoridades, pois nos sentimos à vontade para isso e queremos que nosso público sinta o mesmo. Usamos até um termo chamado “Begestar” (risos), significando um conceito de bem estar que o coletivo procura proporcionar aos amigos. Também podemos dizer que o nosso som é romântico, com músicas que inspiram e emocionam.
TUNTISTUN: E o que vocês estão imaginando de perspectiva do cenário futuro dos eventos na cidade? Como vocês imaginam o ano de 2022?
Esperamos o fim das restrições para conseguirmos realizar alguns eventos, reunindo todos os amigos e conhecidos sem preocupações.