DJ Turambar fala da ascensão do Coletivo Hangover em 2022

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DJ Turambar – Coletivo Hangover
DJ Turambar fala da ascensão do Coletivo Hangover

[TUNTISTUN] Oi Turambar, tudo bem? É uma alegria fazer essa entrevista com você que é uma das pessoas mais ativas do coletivo que vem fazendo um trabalho muito bom na cidade, fortalecendo o underground, vamos falar um pouco dessa aventura?

TURAMBAR – COLETIVO HANGOVER:  Eu que agradeço o espaço e a oportunidade,vou falar um pouco de mim e do coletivo Hangover, falar de música e da cena que é meu passatempo preferido.

[TUNTISTUN] Vamos falar um pouco do início, conta um pouco de você, onde nasceu e tal, conta pra gente como foi sua juventude?

Sou aqui de Bsb mesmo, minha criação foi dividida entre Gama e Guará, ainda hoje estas satélites estão bem ligados a minha vida e de como vejo o mundo.

No Gama foi onde tive meus primeiros contatos com música eletrônica, na escola, na igreja  e na feira que trabalhava, onde a gente vendia cds do Gama dance.

No Guará,eu vinha nos finais de semana, e eu escutava muito rock e mpb, essa mistura ficou comigo pela vida toda e perdura até hoje.

Tive uma criação na igreja mormon então demorei a sair para me divertir e conhecer a cena de música mesmo, era algo muito fora da minha realidade, e quando finalmente fui e pude ver como era me apaixonei e é o que cerca minha vida desde então, e foi aí que a música eletrônica virou minha religião e meu estilo de vida.

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[TUNTISTUN] E qual a importância da música na sua adolescência e formação como pessoa?

A música sempre esteve com a minha família, minha mãe sempre trazia novos discos e fitas pra gente escutar juntos, na infância e adolescência nunca fomos muito de tv, então rádio, discos e k7s eram nossa diversão, descobrir novas bandas e conversar sobre as letras sempre foi uma rotina na minha casa.

[TUNTISTUN] Quando e como você descobriu a música eletrônica?

Por mais incrível que pareça, foi na igreja mesmo, da qual nem faço mais parte, mas sempre tinham festas e bailes com todo tipo de música, cada região meio que tinha seu dj ,e o dj do gama que sempre tocava nos bailes que eu ia, era o Nilo Brasil, sempre tocava euro dance, house e dnb.

Quando tive acesso a internet (sim jovens, havia um tempo antes da internet existir) comecei pesquisar mais por gêneros e subgêneros da música eletrônica e fui descobrindo mais e mais, porque até aquele momento pra mim a música eletrônica era uma coisa só.

[TUNTISTUN] E logo que você gostou da música decidiu ser Dj? Como foi esse caminho?

Na verdade não! Eu curtia muito, mas queria ter banda, tenho tanto amor pela música eletrônica, como também tenho pelo punk e indie, e tive até algumas tentativas de ter uma banda, umas até bem divertidas mas não rolou, nesse mesmo tempo ia me aprofundando nas pesquisas, estudando a história dos gêneros, consumindo muito mesmo. A vontade de ser dj veio mais tarde com uns 18 que foi quando fiz curso de rádio, tive uma rádio online e ficava brincando no virtual dj e traktor, até que comecei a tocar em algumas festas de amigos, 15 anos, entre outros e até que virou uma obsessão!

Alguns amigos começaram a fazer festas maiores e me chamavam, cheguei a ser residente em algumas, principalmente na Diesel e Caribeño.

Pulando um pouco mais pra frente, em 2016 quando meu guri(Inácio) nasceu decidi parar de tocar e focar nele, então fiquei só de longe vendo a cena crescer e renovando minha pesquisa pra sair do comercial, para quando eu voltasse, seria direto para a cena underground, e agora não só para tocar, mas pra de fato fazer parte da cena como todo.

Foi aí, que no final de 2018, voltei a tocar e logo em seguida veio a Hangover party em parceria com a Hellen aquino, e que com a pandemia virou o Coletivo Hangover.

[TUNTISTUN] Quais foram suas primeiras festas e DJs que te abriram os olhos?

Primeiro dj que vi ao vivo foi Fatboy Slim! Ainda hoje é o melhor show da minha vida, fui em vários houses no Valparaíso com a Moranga e vários playgrounds .

A primeira vez que minha cabeça explodiu mesmo vendo um dj trabalhar foi num evento na Star Night chamado Lab, que tanto eu como meus amigos ficamos hipnotizados, e quem tocava era o Dj Hardkicks, na época acho que ele se chamava Pedro SK, e tocou um DNB porrada.

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[TUNTISTUN] Vocês do coletivo Hangover estão conquistando mais espaço graças ao trabalho e dedicação dos membros do coletivo. Recentemente fizeram uma festa no Sub, a Santo Techno, que chamou a atenção de muitos! Quais são as marcas e os estilos de eventos que o coletivo hangover está investindo ?

Esse evento foi muito suor e fé, anunciamos sem lugar ou line definido, mas as coisas foram acontecendo e tomando forma, e foi onde tivemos nosso maior público e foi tanto esforço do coletivo como o apoio da Dotmag e da Boombox pra rolar da forma como imaginamos e realmente superou muito o que idealizamos.

Nos nossos eventos queremos passar uma experiência única, que a pessoa sinta de fato que tá num rolê especial com pessoas iguais a ela, segura e que seja acessível de todo modo, mas sempre trazendo aquela atmosfera mais dark, underground e hardcore, sons pesados do dark disco ao hard techno e trance.

Todos os djs do coletivo Hangover tem seu estilo e assinatura, ninguém é igual, então os lines são bem diversos, com vários estilos, mas todos com essa pegada.

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[TUNTISTUN] Diz para gente 5 músicas que te marcaram no início da sua descoberta da música eletrônica?

[TUNTISTUN] Quais Djs da cidade você acha que merecem a nossa atenção?

Mais ai vou ter que vender meu peixe e falar do coletivo Hangover kkkkkkkk.

Robz que iniciou comigo a Hngvr, tem tanto um House apurado quanto DNB fino demais. Gui.exe com o peaktime, minimal e raw techno, som pesado progressivo que hipnotiza.

A Evah que vem cada vez mais melhorando no house, ampliando sua pesquisa e sempre é uma surpresa ver ela tocar.

Bunny que também é um dos primeiros DJs do coletivo Hangover, tocando agora uma minimaleira  que pegou todo mundo de surpresa na Santo Techno.

Growth Movement um duo de Nilo trebien e Gabriel Grand, os cara alem de sangue bom, sempre levam um som pesado que ganha o público na primeira música sempre, e isso sempre me impressiona.

Barbie Melo som Violento, marretada sem parar, e que a gente adora e o Underground agradece!

Martwins nosso outro duo que entrou mais recente no coletivo som dark disco, indie, sou suspeito de falar .

E claro a Moranga, com as bruxaria dela, e que sempre finaliza nossos rolês com trance e dark psy.

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[TUNTISTUN] Fala um pouco das suas influências musicais, o que você busca no seu som?

Me influencio muito pela estética cyberpunk e tento passar isso no meu som, sons estranhos e robóticos, misturando dark disco , indie dance , acid techno e uns sons asiáticos que curto muito os timbres.

Tenho como referência: Local suicide, Red axes, Cabisbajo, Aldebaran e Cormac.

[TUNTISTUN] Pode indicar 5 músicas mais recentes que você tem curtido?

LINKS:

@dj.turambar (INSTAGRAM)

COLETIVO: 

https://www.instagram.com/coletivohangover/

LABEL :

https://www.instagram.com/mid.wm/

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DJ Oblongui

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