Stratoverb fala de sua promissora carreira – 2022

Stratoverb
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Stratoverb fala de sua promissora carreira

Oi Stratoverb tudo bem? É um prazer fazer essa entrevista com você que é um dos novos e promissores talentos da cidade, vamos falar um pouco disso tudo?

Opa, tudo ótimo! 

Agradeço ao portal Tuntistun pela oportunidade, e parabenizo também pelo excelente trabalho que estão fazendo na cena da música eletrônica aqui de Brasília.

Vamos falar um pouco do início, conta um pouco de você, onde nasceu e tal, conta pra gente como foi sua juventude? 

Meu nome é Matheus, nasci no interior de Minas Gerais, mas me mudei pra Brasília ainda aos dois anos de idade, cidade que adoro e definitivamente faz parte da minha história.

Na infância eu sempre tive muitos amigos, e desde os 11 anos de idade já me envolvia com música, quando comecei a tocar guitarra. Nessa época vários colegas da escola também entraram no ritmo, e era legal porque todo mundo estava aprendendo junto, daí começávamos a levar guitarra pro colégio, criar bandinhas covers, ensaiar em estúdios, nas casas dos amigos, e isso foi moldando minha personalidade.

E qual a importância da música na sua adolescência e formação como pessoa?

A música provavelmente sempre foi a principal forma de me conectar com as pessoas.

Dentro da família, entre os amigos, é nítido que todos os que tenho maior conexão também tem um forte contato com a música. Também sempre tive um papel de influenciar outras pessoas musicalmente, apresentar coisas novas.

Sempre gostei de festa, da noite, de uma vida mais agitada.

Apesar de ser um profissional de outra área, sempre mantive um contato forte com a música. É algo terapêutico pra mim.

E agora, finalmente, estou envolvido também profissionalmente com a música.

Quando e como você descobriu a música eletrônica?

Não sei dizer exatamente, mas foram várias descobertas e redescobertas da música eletrônica.

Desde muito novo eu já curtia sonoridades de bandas que tinham uma pegada mais eletrônica, como Depeche Mode, New Order, Pet Shop Boys… e na adolescência ouvia muita coisa comercial, época da eurodance, os famosos Summer Eletro Hits, haha. Naquela época o psy trance era bem forte, eu ouvia algumas coisas também.

Quando fiz 18 anos de idade comecei a frequentar as festas, e uma delas era o 5uinto, que surgia exatamente nessa época, por volta de 2009. Foi quando de fato eu conheci esse ambiente mais clubber, sonoridades mais underground do techno, minimal e house. Depois acabei ficando uns anos afastado da cena, e quando voltei já estava bem diferente, outras tendências, outros sons.

E logo que você gostou da música decidiu ser Dj? Como foi esse caminho? E a produção musical, quando entra na sua vida?

Apesar do envolvimento com a música eletrônica eu demorei a tomar a iniciativa de deixar de ser apenas ouvinte e frequentador das festas para começar a discotecar e produzir.

Meu interesse em produzir minhas próprias tracks era maior do que o de ser DJ. 

Em 2015 eu havia comprado um sintetizador com a intenção de começar a produzir, mas acabei não colocando a ideia em prática. Acabei focando em explorar outras sonoridades com a guitarra.

Então em 2020, um pouco antes da pandemia, eu decidi que finalmente daria início a esse projeto. Comecei produzindo, fiz algumas músicas, e somente alguns meses depois é que comprei uma controladora e tive meus primeiros contatos com a discotecagem. Desde então tenho levado o projeto com muita seriedade, tendo uma receptividade bem legal dos ouvintes, recebendo inclusive suportes de grandes nomes como Vintage Culture, Magdalena Solomun, entre outros, o que me dá uma certa animação para continuar produzindo e tocando.

Stratoverb
Stratoverb

Quais foram suas primeiras festas e Djs que te abriram os olhos?

Acho que as festas do 5uinto foram as primeiras que eu vi de fato essa conexão da música entre DJ e pista, geralmente comandadas pelo Komka e pelo Hopper, que hoje é um dos meus grandes amigos na cena de bsb.

Diz para gente 5 músicas que te marcaram no início da sua descoberta da música eletrônica?

New Order – Blue Monday

Da Hool – Meet Her At The Loveparade

Faithless – Insomnia

Benny Benassi – Satisfaction

Infected Mushroom – Becoming Insane

Você tem um núcleo bem legal formado com gente talentosa, fala um pouco do seu núcleo Under Capital para a galera? Quem faz parte? Qual a idéia? 

A Under Capital surgiu em meados de 2021, num período de flexibilização das restrições da pandemia em relação a eventos. 

Eu já conhecia a Ludmila (Urannia) e o Arthur (Benicci) da Comunidade Fluxo, do ZAC. Nossa ideia era interagir com a cena local de alguma forma. Nós já produzíamos, porém começamos a tocar na pandemia e não tínhamos experiência com pista porque não havia eventos. 

Foi quando conheci o Lukas (Empire Of Mind), que me apresentou o estúdio da DotMagazine, do Pedro SK (Hardkicks), que hoje são grandes amigos também. 

Lá nós começamos a fazer pequenos eventos com capacidade reduzida (pocketshows), e convidar outros DJs da cidade pra participar dessa experiência. 

Foi algo muito positivo porque criamos muitas conexões, além de termos ganhado experiência na discotecagem, e ter sido palco das primeiras apresentações de projetos como Odd Koncept e N’vakk, além dos próprios Benicci, Urannia, Stratoverb, entre outros.

Atualmente estamos com a ideia de transformar a Under Capital num laboratório de produtores musicais em bsb. Queremos fortalecer nossa cena em termos de produção.

Fala um pouco das suas influências musicais, o que você busca no seu som?

Eu tenho influências que vão muito além da música eletrônica. Cresci ouvindo e tocando rock, metal, blues, jazz, e sempre gostei muito de melodias. Adoro criar e improvisar riffs e solos, seja na guitarra ou nos sintetizadores.

Dentro da música eletrônica eu me identifico muito com vertentes do techno, indie dance, progressive house, minimal.

Tenho uma certa preferência por sons mais dark, energéticos e melódicos, com basslines pesados e riffs de synth marcantes. Som pra pista mesmo. São elementos que costumam estar presentes em minhas tracks e sets.

Pode indicar 5 músicas mais recentes que você tem curtido?

Stratoverb – Impulse

Pablo Bozzi – Riding Through Kyoto

ANNA – Journey To The Underworld

Damon Jee, Darlyn Vlys – Kronos (Wild Mix)

Oostil, Juan Hansen – Drown (Massano Remix)

Instagram do Stratoverb: https://www.instagram.com/stratoverb/

Soundcloud do Stratoverb: https://soundcloud.com/stratoverb

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DJ Oblongui

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